NOVAS DESCOBERTAS SOBRE COMO AGE A RADIOTERAPIA
A Radioterapia ou Radiooncologia é uma especialidade médica que se destina a tratar os tumores benignos ou malignos com radiação. Mais de metade dos pacientes com tumores, em alguma fase do seu tratamento, necessitam da radioterapia. O advento de técnicas mais precisas de localização dos órgãos a serem tratados permite que, na atualidade, obtenham-se maiores taxas de cura e menor índice de complicações que se viam no passado.
Um dos modos como a radiação atua sobre as células tumorais para ocasionar sua erradicação envolve a lesão que ela causa do DNA, o material genético das células. As células se veem impossibilitadas ou inibidas, após esta lesão, de proliferarem indefinidamente.
O Sistema Imunológico dos pacientes é importante para destruir os tumores. Existem estratégias que se utilizam para deflagrar a ação do referido sistema, como drogas e a própria radiação. Os últimos anos assistiram à descoberta de que a radioterapia é capaz de estimular a ação dos linfócitos, células do Sistema Imunológico, a reconhecerem as células tumorais como ameaças ao organismo e, assim, agirem para sua destruição.
Sessão de Radioterapia
Aliada a radioterapia a drogas conhecidas como Imunoterápicos, que também estimulam o Sistema Imunológico, há relatos de efeitos surpreendentes no sentido de debelar os tumores.
DR. Carlos Genésio Lima
Médico Radioterapeuta
A Radioterapia São Sebastião, sempre trazendo para Santa Catarina o que há de mais avançado em tecnologia, implementou pioneiramente no Estado, na última década, a Radioterapia Guiada por Imagem, conhecida como IGRT, em virtude de sua sigla em inglês, Image Guide Radiation Therapy.
A cada aplicação de radiação, o paciente é submetido a um exame de imagem sofisticado que visa a confirmar que seu posicionamento está correto, ou seja, que sua posição na mesa de tratamento corresponde exatamente àquela que foi programada durante a etapa de simulação do mesmo (VIDE SIMULAÇÃO DO TRATAMENTO). Caso a concordância não seja perfeita, o sistema procede à correção da posição, ou seja, à busca da posição que foi programada. Desta forma, garante-se que a dose de radiação seja administrada exatamente aos tecidos tumorais e sejam preservados, maximamente, os tecidos normais.
A Radioterapia Guiada por Imagem – IGRT é uma técnica que se soma às outras disponíveis na Radioterapia São Sebastião para fornecer tratamentos os mais elaborados possíveis. Conjuntamente com a Radioterapia de Intensidade Modulada – IMRT (VIDE IMRT), tem papel importante no tratamento dos tumores de Cabeça e Pescoço, do Sistema Nervoso Central, de Próstata, entre os principais. Aliada à irradiação estereotáxica (VIDE RADIOTERAPIA ESTEREOTÁXICA), participa da abordagem multidisciplinar dos tumores disseminados ou metastáticos, bem como de tumores localizados. Nos casos em que a irradiação é liberada com finalidade paliativa (para controle de sintomas ocasionados pelo tumor), mormente com radioterapia conformada tridimensional convencional (VIDE RADIOTERAPIA CONFORMADA TRIDIMENSIONAL), também tem papel relevante. Por estas razões, na Radioterapia São Sebastião, todos os pacientes são tratados, independentemente da técnica subjacente indicada, do local do tumor, do tipo do tecido do mesmo (a que damos o nome de tipo histológico), com Radioterapia Guiada por Imagem – IGRT.
DR. Carlos Genésio Lima
Médico Radioterapeuta
RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA CRANIANA
A Radiocirurgia é uma técnica de tratamento com radioterapia que utiliza um sistema de alta precisão para localizar os alvos que necessitam ser irradiados e preservar maximamente os órgãos normais. Conseguem-se administrar grandes doses de radiação aos tumores e, assim, têm-se obtidos resultados animadores no tratamento de grande número de pacientes. Consiste num tratamento ambulatorial, ou seja, o paciente não necessita ser internado no hospital. O número de aplicações, ou seja, o número de dias que o paciente precisa comparecer à clínica para tratamento, é pequeno, varia entre um e cinco. Apesar do termo ’Radiocirurgia’, o procedimento não consiste em uma cirurgia, sendo, na verdade, considerado não-invasivo. Os tumores cranianos/cerebrais foram os primeiros historicamente tratados com radiocirurgia. Dentre estes, incluem-se tumores metastáticos (disseminados) para o cérebro; tumores primários, originados no próprio cérebro, benignos ou malignos; malformações vasculares.
Após a consulta inicial com o médico radioterapeuta ou radiooncologista, o paciente é submetido à confecção de uma máscara termoplástica que se adapta à sua superfície craniana. Esta máscara tem o objetivo de imobilizar ao máximo a cabeça do paciente durante a aplicação da radiação.
Imagem de uma Radiocirurgia
São efetuadas tomografia e ressonância craniana, bem como angiografia cerebral no caso das lesões vasculares, e tais exames são utilizados pela equipe médica para a definição anatômica dos tecidos tumorais e normais e para o planejamento físico do tratamento. Efetuado o planejamento, o paciente é encaminhado ao aparelho de tratamento a fim de receber a dose prescrita.
DR. Carlos Genésio Lima
Médico Radioterapeuta
Radiocirurgia
O termo Radiocirurgia engloba uma série de tratamentos que são efetuados com radioterapia. Nenhum deles é invasivo, ou seja, apesar do nome, não há nenhuma cirurgia. O desenvolvimento da radioterapia permitiu que a localização dos alvos de tratamento, quer dizer, os volumes de tumor ou de lesões não-tumorais que se pretende serem irradiados passassem a ser muito bem localizados. Esta precisão obtém-se com técnicas de estereotaxia, motivo por que a Radiocirurgia é conhecida como Radiocirurgia Estereotáxica ou Radioterapia Estereotáxica. Entre as definições mais correntes, está a que a define como o tratamento com irradiação administrado em até 5 aplicações com alvos definidos com estereotaxia.
É mais fácil para o médico radioterapeuta e a equipe de radioterapia realizarem um tratamento quando o foco, o alvo desta terapia estão situados em uma parte do organismo que se movimenta pouco. Por exemplo, um tumor do cérebro é mais fácil de ser tratado, considerando este ponto de vista, que um tumor de pulmão, já que a caixa craniana, onde está alojado o tumor cerebral, não se move, em oposição à caixa torácica, a qual se movimenta com a respiração, ocasionando o movimento do tumor pulmonar. Esta é uma das principais razões por que o crânio foi o segmento em que a Radiocirurgia primeiro se desenvolveu. Grande parte das publicações dos resultados de tratamentos em Radiocirurgia provêm, desta feita, da Radiocirurgia Estereotáxica Craniana. Os principais tumores, aqui, são as metástases cerebrais e os gliomas cerebrais. Mas também lesões benignas são potencialmente abordadas com radiocirurgia cerebral, como as malformações arteriovenosas cerebrais.
O desenvolvimento e a aplicação crescentes da Radioterapia Guiada por Imagem – IGRT (VIDE RADIOTERAPIA GUIADA POR IMAGEM – IGRT) ensejaram uma nova realidade à Radiocirurgia. Esta ultrapassou as fronteiras do crânio e hoje pode ser efetuada em qualquer local do corpo. As técnicas de Radioterapia Guiada por Imagem – IGRT, por permitirem que os volume de tratamento sejam precisamente situados e irradiados, plasmaram o caminho para a efetuação da Radiocirurgia Estereotáxica Extracraniana. Destarte, a Radioterapia São Sebastião tem utilizado, em consonância com o que há de mais moderno e em fina sintonia com o que a literatura internacional tem publicado, a Radiocirurgia em sítios cranianos ou extracranianos. Pulmão, linfonodos, ossos, fígado são os principais locais do corpo onde se administra a Radiocirurgia Extracraniana.